Dieta Mediterrânea

O filme acaba de estrear em Sampa e a Lúcia, minha “megaamigahacker”, conseguiu meios para que eu tivesse o privilégio de assisti-lo em DVD bem aqui em casa!

Sofia tornou-se uma chef de cozinha renomada e sua história  é narrada por “Lunes”, sua filha caçula.

Acompanhamos o nascimento um tanto excêntrico da chef, suas primeiras experiências na cozinha do restaurante familiar, alguns pequenos flertes com seus clientes e o início de uma paixão igualmente fulminante por dois espanhóis completamente distintos. Tino é extremamente ponderado, o marido exemplar; já Frank é aventureiro e visionário, o amante perfeito.

Nas quatro décadas descritas no filme, assistimos a encontros e desencontros entre os três: ora apimentados, ora cheios de doçura e graça.

Sofia casa-se com Tino e forma com ele uma linda família, contudo continua a perseguir seu sonho de ser uma estrela da gastronomia.

 Após alguns anos de rotina familiar, ela encontra no impulsivo Frank o estímulo que necessita para emplacar sua carreira e diversas  reviravoltas acontecem.

Algumas cenas seguramente nos fazem lembrar de “Dona Flor e seus dois maridos”, mas os espanhóis são menos hipócritas e aceitam com menos pudor o triângulo amoroso com maridos bem  vivazes e fogosos.

Recomendo que todos assistam: os pratos são lindos, as paisagens do pequeno vilarejo espanhol são belíssimas e o entretenimento garantido.

Fiquem atentos às últimas cenas, nelas entendemos o nome incomum da narradora do filme.

  http://www.youtube.com/watch?v=nqD-eIJ2aWI

 

Com açúcar, com afeto (Chico Buarque, por Fernanda Takai)

Não adianta: Nas composições de Chico Buarque encontramos sempre inspirações.

A interpretação feita pela Fernanda Takai da música “Com açúcar, com afeto” está na medida! O malandro pode chegar que ela estará esperando com o seu doce predileto!

Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê!
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é um operário, sai em busca do salário
Pra poder me sustentar, qual o quê!
No caminho da oficina, há um bar em cada esquina
Pra você comemorar, sei lá o quê!
Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto
Discutindo futebol
E ficar olhando as saias de quem vive pelas praias
Coloridas pelo sol
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo
Você vai querer cantar
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo
Pra você rememorar
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê!
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
Como vou me aborrecer? Qual o quê!
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro os meus braços pra você

Composição Chico Buarque

Blueberry Pie

Blueberry Pie

Fonte: Publicado 09/08/2010 22:32:00 De A Cozinha Coletiva  

Torta de Morangos e Mirtilos

Ingredientes da massa:
2 xícaras de farinha de trigo;
3 colheres de sopa de açúcar;
3/4 de xícara [150g] de manteiga gelada em pedacinhos;
1/2 colher de chá de canela em pó;
4 colheres de sopa de água gelada.

Preparo da massa:
Misture açúcar, farinha e canela e adicione a manteiga. Amasse com as pontas dos dedos até virar uma farofa. Adicione a água, amasse levemente, divida em duas bolas e leve-as à geladeira por 20 minutos.
Abra uma metade com o rolo e forre o fundo e as laterais de uma fôrma para tortas de 22cm de diâmetro. Fure a massa, cubra com papel alumínio e asse em forno preaquecido a 180 graus por 20 minutos. Retire e reserve.

Ingredientes do recheio e montagem:
550g de mirtilos e morangos [pode ser só morangos, amoras, framboesas, cerejas. Eu fiz com 400g de mirtilos e 150g de morangos];
1/3 de xícara de açúcar;
1 colher de amido de milho;
1 colher de farinha de trigo;
Raspas de um limão.

1 gema e uma colher de sopa de leite;
Açúcar cristal para polvilhar.

Montagem:
Sobre a massa assada distribua as frutas [os morangos eu cortei em quatro]. Misture o açúcar, farinha, amido e raspas de limão e despeje sobre as frutas, mexendo de leve com o garfo.
Abra a outra metade da massa, cubra a torta, feche as laterais apertando bem e faça 4 cortes na massa, para o vapor escapar.
Pincele a massa com a gema misturada ao leite, e polvilhe com açúcar cristal [o açúcar vai derreter e deixar a massa dourada, açucarada e crocante, como um biscoito palmiere]. Leve de volta ao forno 180 graus por de 15 a 20 minutos, ou até dourar a superfície e o recheio ferver.
Sirva morna, e se delicie!

My Blueberry Nights (Um Beijo Roubado)

My Blueberry Nights (2007)

Existem filmes que devem ser vistos e revistos. My Blueberry Nights (Um Beijo Roubado) é um deles. Comprei o DVD e revejo de tempos em tempos. Lembrei que ele não poderia faltar em um blog cinegastronômico!

Jude Law, por si só, sempre vale a pena ser visto e Norah Jones sempre ser ouvida; o conjunto orquestrado pelo diretor Wong Kar Wai não poderia ser mais perfeito.

Jeremy (Jude Law) é o dono do Café Klyuch em Nova York e acaba se tornando confidente de Elizabeth (Norah Jones), que descobriu que seu namorado a trocou por outra.

Decidida a encontrar um novo rumo para sua vida, a protagonista faz uma longa viagem até o sul dos EUA e novas histórias vão se desenrolando nessa delícia de filme.

Por sua vez, Jeremy também resolve modificar aos poucos seus conceitos e pequenas manias, como as de colecionar em um jarro as chaves e histórias de diversos ex-clientes.

As cenas que envolvem a saborosa Blueberry Pie são sensuais, mas nunca enjoativas.

Seguem os links do trailler do filme e da música tema interpretada por Cat Power.

Trailler

http://www.youtube.com/watch?v=iScGsN8szHw

Trilha Sonora

http://www.youtube.com/watch?v=c9Inebc4Mhc

Incluo também a receita da Blueberry Pie (Torta de Mirtillo) retirado do blog A Cozinha coletiva.

Torta de Amendoim (Torta Paulista)

Acho que toda a geração que nasceu entre 70 e 80 tem mães ou tias que faziam esta sobremesa. Era um clássico de almoços familiares na adolescência. Vou tentar descobrir porque foi batizada como Torta Paulista. Meu pai até hoje é fascinado por ela.

Diquinha: Para decorar, jogue uma farofinha de amendoim por cima!

Torta de amendoim

300 gramas de bolacha maisena

1 lata de creme de leite

2 gemas

125 gramas de margarina ou manteiga sem sal

200 gramas de açúcar

250 gramas de amendoim torrado, limpo e moído ou amendocrem

Misture bem ou bata na batedeira: açúcar, gemas e manteiga (sem deixar talhar, não bater muito). Desligue e mexa somente o creme de leite e o amendoim.

Unte ligeiramente as bolachas com leite e açúcar e o soro do creme de leite.

No pirex: creme, bolacha, creme, bolacha, última camada de creme.

Petit Gateau

Adoro Petit Gateau, mas os cafés e restaurantes cobram um absurdo por eles. O Alexandre descobriu a receita, eu testei também a do Cybercook, fiz algumas adaptações e até comprei a forma com as divisórias. O meu forno é bem forte, então em 4 minutos já fica pronto. Segue a receita. Fiquem de olho no forno para ver quando começa a assar, o segredo é ficar molhadinho por dentro.

 

Petit Gateau


Rendimento: 6 porções a 8 porções

Ingredientes:

– 200 gr de chocolate meio amargo (Preferência: Nestlé)
– 2 colheres de sopa de manteiga sem sal
– 50 gr de açúcar
– 2 colheres de sopa de farinha de trigo
– 2 ovos
– 2 gemas de ovo

Modo de preparo:

Derreta a manteiga e o chocolate em banho-maria ou no microondas.

Bata os ovos e as gemas de ovo com açúcar na batedeira até ficar bem claro. Junte o chocolate derretido e a farinha de trigo, misturando com uma espátula.

Unte as forminhas de empadinha com farinha de trigo e coloque a massa – sem preencher toda a forma. Já existem formas grandes de teflon com seis divisórias apropriadas para Petit Gateau.

Pré-aqueça o forno e leve para assar de 5 a 7 minutos (dependendo do forno) até os bolinhos crescerem, mas ficarem com o meio molinho, assim quando cortamos sai aquela calda de chocolate quentinha.

Deve-se desenformar quente, diretamente no prato, acompanhado com sorvete de creme.

Dica: para quem quiser congelar, basta colocar a forminha cheia, coberta com filme plástico, no freezer e quando for servir deixar o bolinho voltar a temperatura ambiente antes de colocar no forno.

Herencia

Herencia (2001)

Mais uma dica cinegastronômica.

 Assisti hoje em DVD  um filme bem leve que mostra como nunca é tarde para abrirmos  nossas vidas & cozinhas para novos sabores. Herencia é um filme argentino bem delicado que tem Olinda como protagonista, uma italiana que chega na Argentina depois da II Guerra em busca de um amor perdido. Frustrada na sua busca,  acaba tornando-se dona de um restaurante em Buenos Aires. Quando a personagem já está sem perspectivas e seu restaurante prestes a ser vendido, sua história muda. Conhece o jovem alemão Peter que chega à cidade também em busca de uma paixão. Um filme para quem aprecia pequenos prazeres na telona. A primeira cena com um belo prato de nhoque já abriu meu apetite!

 http://www.youtube.com/watch?v=bFUulAmH1pg

 PS: Também achei em locadora bauruense, fato inédito no que se refere a filmes argentinos!

Almoço em Agosto (Ferragosto)

Peguei na locadora um DVD ótimo: Almoço em Agosto (2008). O filme é uma delícia, mostra a realidade da família italiana com  os paradoxos entre tradição matriarcal e a atual decadência econômica pela qual os europeus estão vivendo, tudo de maneira divertida e cheia de temperos & pastas. Várias cenas são hilárias, mas tem uma das primeiras que é bem peculiar: O protagonista Gianni e seu amigo Viking comentam a brancura dos turistas  chegando para passar o verão em Roma.

Enfim, lembrei das minhas aulas de italiano na UNESP e de quando aprendemos o que é o Ferragosto italiano:  feriado de 15 de agosto em que os italianos comemoram a Assunção da Virgem  Maria e a partida para as férias. Li que o protagonista é também o diretor do filme e toda a história se desenrola no apartamento onde cuidou da própria mãe por anos. PS: Achei em Bauru na Vídeo Express.

Segue sinopse e trailer 

Roma. Giovanni (Gianni Di Gregorio) é um homem de meia idade, que mora com sua mãe viúva (Valeria de Franciscis) e enfrenta problemas financeiros. Sabendo de sua complicada situação, Luigi (Alfonso Santagata), o proprietário do apartamento em que eles vivem, faz uma proposta: que Giovanni abrigue a mãe dele e sua tia Maria (Maria Cali) durante o feriado de 15 de agosto, em troca de um abatimento nos aluguéis atrasados. Sem alternativa, ele aceita. Logo Giovanni é obrigado, a contragosto, a assumir o papel de babá das senhoras alojadas em sua casa.

http://www.youtube.com/watch?v=qdElOqCwcu8

O cinema vai à mesa & O Tempero da Vida

Ontem zapeando na TV à noite, assisti uma entrevista bem interessante no programa Almanaque da Globonews. A entrevistada era Nilu Lebert, jornalista e crítica gastronômica. No programa, ela apresenta o livro que escreveu junto com o Rubens Edwald Filho: O cinema vai à mesa (Ed. Melhoramentos). Fiquei bem feliz porque vários dos filmes que aparecem na obra deles estão aqui no meu blog, inclusive,  A Festa de Babete.

  Porém, eu havia me esquecido de um filme lindo: O tempero da vida.  Ainda bem que ao longo do programa a Nilu fez comentários sobre ele.

Seguem abaixo o link do programa, a sinopse do filme e o trailer. É UM FILME  MARAVILHOSO!

Imagino que a receita  feita no programa seja muito saborosa também. Vou tentar fazer.

Link programa Almanaque

http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1640269-17665,00.html

O tempero da Vida (2003)

Fanis Iakovidis é um professor de astrofísica na Grécia. Com  quarenta anos,  passa  um momento decisivo na sua vida , uma encruzilhada em que a ciência não pode auxiliá-lo a compreender. Vassilis, seu avô e mentor, vive  em Istambul e desenvolveu  sua própria filosofia culinária, reverenciada e aplicada tanto por gregos quanto por turcos. Fanis não vê o avô desde que tinha sete de idade e quando o velho  decide ir  à Grécia depois de tantos  anos, sua visita iminente acende a vida de Fanis como um  acontecimento histórico.

http://www.youtube.com/watch?v=mK33xQxbYW4

Sanduíche Bauru

A história é antiga e meio lendária. Em 1934, o bauruense Casemiro Pinto Neto estudava Direito na USP/SP (todos insistem em enfatizar no “Largo de São Francisco”…) e pediu que o garçom do Restaurante Ponto Chic fizesse um  sanduíche com uma receita diferente. Outros clientes gostaram da receita, pediam igual ao dele e daí surgiu nosso “Bauru”. Em 1998, foi criada aqui na Cidade Sem Limites uma lei para proteger a “receita original”  do sanduba. Segue abaixo a desrição do Bauru Original. Divirtam-se ou venham para cá provar o mais gostoso de todos, o do Skinão.

Ingredientes: pão francês, fatias de rosbife, tomate em rodelas, picles de pepino em rodelas, mussarela, orégano, água e sal

 Preparo: 

1) Corta-se o pão francês ao meio e retira-se o miolo da parte superior, como se fosse uma pequena canoa;

2) Na metade inferior, colocam-se as fatias frias de rosbife e sal a gosto; por cima, distribuem-se algumas rodelas de tomate e pepino, polvilhando com orégano a gosto;

3) À parte, coloca-se um pouco de água numa frigideira. Quando ferver, coloca-se a mussarela a ser derretida

4) Retira-se a mussarela da água e coloca-se na metade da canoa da parte superior do pão, unindo-se as duas partes. O calor da mussarela vai aquecer os ingredientes da outra metade.